Tapioca é o nome de
uma iguaria tipicamente brasileira, de origem indígena tupi-guarani, feita com
a fécula extraída da mandioca, também conhecida como goma da tapioca, polvilho,
goma seca, polvilho doce. Esta, ao ser espalhada numa chapa ou frigideira
aquecida, coagula-se e vira um tipo de panqueca ou crepe seco, em forma de
meia-lua (ou disco, como em algumas regiões). O recheio varia, mas o mais
tradicional é feito com coco e queijo. O nome tapioca é derivado da palavra
tipi'óka «coágulo», o nome para este amido em Tupi. Esta palavra tupi se refere
ao processo pelo qual o amido é feito comestível e passou a se referir a
processos de preparo similares
Os povos tupi-guaranis, que ocupavam a faixa litorânea leste
do território brasileiro desde o sul até o norte, foram os responsáveis pelo
domínio comestível da mandioca, que, produzida sob o sistema da agricultura de
subsistência, era a base da alimentação do Brasil até a chegada de Pedro
Álvares Cabral. A tapioca nasceu através da necessidade de diminuir o tamanho
do beiju e poder passar a ser cozida no fogo.
Pouco após os primeiros anos do descobrimento, os
colonizadores portugueses na Capitania Hereditária de Pernambuco descobriram
que a tapioca servia como bom substituto para o pão. Na cidade de Olinda se
consumia intensamente o beiju, a farinha e a tapioca, extraídos da mandioca,
desde o século XVI com a criação portuguesa da Casa de Farinha em Itamaracá,
Pernambuco.
A tapioca logo se espalhou pelos demais
povos indígenas, como os cariris no Ceará e os Jês, na Amazônia oriental.
Ainda, se transformou posteriormente na base da alimentação dos escravos no
Brasil. Tudo isso serviu para transformar a tapioca, hoje, num dos mais
tradicionais símbolos da culinária por quase todo o nordeste.